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Dizer que “em casa de ferreiro o espeto é de pau” pode ser considerado altamente cringe. Assim como parece que é “pagar boletos”, de acordo com a minha filha pré-adolescente. Consideração que quase sempre me leva a questioná-la: e qual seria a minha opção? rs. Ainda não obtive uma resposta aceitável, pelo menos não do meu ponto de vista cringe-de-ser.
Mas estou dizendo isso porque depois que eu resolvi incrementar a Newsletter e trazer, além dos textos autorais, uma curadoria de indicações sobre assuntos que eu considero interessantes, tive uma espécie de bloqueio, que gerou uma dificuldade de manter a regularidade das nossas trocas por aqui.
Fiquei me questionando e entendi que a minha expectativa e o volume de trabalho (também) tinham me bloqueado. A gente quer tanto fazer uma coisa legal que acaba... não fazendo nada. Nem alguma coisa ruim sai.
Isso que aconteceu comigo pode ser considerado um clássico dos clássicos nas investigações de bloqueios criativos - algo que virou a minha especialidade e um dos assuntos que eu mais tenho me interessado em conversar. É muito comum que eu indique para as pessoas, que por ventura se sintam num momento de paralisação, que escrevam sobre isso, que busquem refletir consigo mesmas sobre a falta de iniciativa para materializar, por vezes, projetos, trabalhos e realizações tão desejadas e gestadas por um longo tempo.
Foi um tanto por isso que essa semana eu resolvi escrever sobre esse assunto aqui e aplicar na prática a minha teoria. Contar o que anda se passando comigo, compartilhar o tamanho do meu desejo de acertar que, de algum jeito, me faz ficar estagnada e me sentir incapaz de produzir.
Preciso dizer que há uma vantagem aqui pra mim, no entanto. É que eu já entendi que esses momentos de baixas produtivas e de sensação de bloqueio não só são comuns como também esperados e, em alguma medida, até desejáveis. Acreditem. É um tanto nesses ciclos de contração que a gente também se abastece e percebe que, com alguma paciência e autocompaixão, podemos reencontrar o caminho criativo, puxar papo e estar novamente disponível para a troca.
Nas próximas semanas eu seguirei assim: contando mais sobre o que anda acontecendo aqui, sem tanto filtro ou busca por excelência (afinal, quem estabelece esse critério, não é?). Quero apenas retomar a nossa prosa franca e motivada pelo prazer de estarmos próximas.
Se daí surgir também a vontade de compartilhar o momento, eu vou adorar. De repente você pode me contar (pra isso basta responder esse e-mail) qual foi a última vez que você se percebeu paralisada ou sem inspiração? Como você se sentiu? O que te ajudou voltar pra pista? Me conta?
Sussurros da semana
🎥 DANIFLIX INDICA ALGO LEVE, POR FAVOR
Duas pessoas no mesmo dia me indicaram a série “TED LASSO” (Netflix). O argumento era bastante parecido: série leve, divertida e com uma mensagem otimista e reflexiva. Uma mistura que só perde em sabor e alegria pra sorvete em dia quente e mergulhar no mar.
Eu não costumo contrariar, na medida do possível, os sussurros do universo, portanto, resolvi começar a assistir no mesmo dia. Maratonamos por aqui a primeira temporada e já estou na metade da segunda.
Jason Sudeikis - o bonitão aí da foto - é o roteirista, produtor e protagonista da série que trata de um treinador norte americano contratado por um time de futebol inglês. A série mostra as agruras e estratégias dele na tentativa de gerir a equipe, com um olhar delicado sobre inteligência emocional e a complexidade humana. Com boas doses de humor com foco na relação entre britânicos e americanos (algumas coisas nos escapam), é uma sátira social interessante.
A profecia se cumpriu e a minha sensação com a série foi exatamente a mesma que tiveram as pessoas que a haviam recomendado. Achei perfeito. Os dias têm sido insanos, dignos desse 2021 (pelamor!). Um pouco de leveza e diversão só podem fazer bem.
📌 Anota aí: EDUARDO AMURI é o cara
O Eduardo Amuri foi um nome que apareceu na minha vida por indicações de pessoas diferentes. Eu sempre falo que o mundo é um ovo de codorna, mas a verdade é que já me disseram que na real a renda é que é mal distribuída. Tapa na cara da classe-média-sofre.
De toda a forma, eu, que não sou besta, colei na sugestão recorrente e entusiasmada e assisti a um aulão do Eduardo Amuri, direcionado à gestão financeira para autônomos, que teve como tema central a questão da modelagem de negócios.
O conteúdo e os insights foram tão interessantes que eu precisava falar dele para vocês e dizer que vale muito a pena assistir esse material - ainda está disponível aqui - conhecer e acompanhar o Amuri. Tem muita coisa gratuita e ainda dois produtos/ serviços que parecem ser muito bacanas para quem quiser mergulhar no assunto.
📻 FICA, VAI TER ÁUDIO
Desde que eu fiz as nove (sim, foram NOVE) lives de lançamento do Curso Candeeiro - meu curso pela Rede Amparo, eu fiquei com vontade de fazer essas conversas reverberarem mais. É que os papos foram MUITO bons, mesmo. Só pensava assim: gente, não dá pra perder esse material tão bacana num feed antigo lá do Instagram. Quanta coisa boa tem ficado pra trás com essa efemeridade das redes sociais?
Então, resolvi compartilhar essas conversas em áudio pelo Spotify e isso virou uma espécie de podcast. Tudo concentrado num espaço que eu estou chamando de “Audioteca da Dani Moraes”. Por lá vou compartilhar, portanto, esses papos (vou subindo aos poucos - o primeiro disponível é com o escritor Lucão), e também vou disponibilizar o conteúdo desses papos aqui “No pé do ouvido” para quem quiser escutar. Essa newsletter de hoje já está lá. Se você ouvir, me fala o que achou da experiência?
Um beijo!
Dani
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